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Num acidente são produzidas forças enormes, que têm de ser absorvidas.
O princípio físico de uma colisão frontal é fácil de explicar:
Assim que o veículo entra em movimento, produz-se «energia cinética» quer no próprio veículo, quer nos ocupantes
fig. 267►. A intensidade dessa «energia cinética» depende da velocidade e do peso do veículo e dos seus ocupantes. Quanto maior forem a velocidade e o peso, tanto maior será também a energia que será necessário neutralizar em caso de acidente.
A velocidade do veículo é, no entanto, o fator mais importante. Se, por exemplo, se duplicar a velocidade de 25 km/h para 50 km/h, a energia cinética aumentará quatro vezes! Como no nosso exemplo os ocupantes não estavam protegidos pelo cinto de segurança, toda a energia cinética dos ocupantes só será contraposta, em caso de colisão, pela parede
fig. 268►. A consequência seriam lesões graves que poriam inclusivamente as suas vidas em risco.
Mesmo que circule apenas a uma velocidade entre 30 km/h e 50 km/h, em caso de acidente o corpo será submetido a impactos que poderão ultrapassar facilmente 10 000 Newton. Este valor corresponde a uma tonelada (1 000 kg) de peso . Essas forças que atuam sobre o corpo aumentarão ainda no caso de velocidades mais elevadas. Ou seja: se a velocidade duplicar, também aqui as forças quadruplicam!
Os ocupantes do veículo, que não tiverem colocado os cintos de segurança, não se encontram, por conseguinte, «ligados» ao veículo. No caso de uma colisão frontal essas pessoas continuarão, assim, a deslocar-se em frente à mesma velocidade a que o veículo circulava, antes do embate!